PEC fura-teto apresentada pelo novo governo, está superfaturada

O futuro governo colocou diversos “puxadinhos” na PEC fura-teto, superfaturando a estimativa real de R$ 80 bilhões que seria o valor necessário para manter os gastos sociais, para fabulosos R$ 200 bilhões. O fato foi percebido pelo líder do atual governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR): “o mercado reagiu muito mal a essa tentativa do governo de transição em avançar no que seria razoável, um valor de R$ 80 bilhões. Não vejo vontade política para aprovar esse pedido, e o novo governo não consultou os líderes partidários sobre o tema, para saber se há ou não os 308 votos necessários para aprovação dessa matéria”, comenta. Os aliados do futuro governo eleito sustentam que trata-se de uma urgência para manter benefícios sociais que Lula prometeu na campanha eleitoral. A forma como o governo eleito tentou patrolar o Congresso para aprovar o rombo no teto de gastos, estimado em R$ 200 bilhões, apenas consolidou a certeza de que não há maioria para a proposta ser aprovada com esse valor. O líder do governo, deputado federal Ricardo Barros avalia que com certeza “o governo eleito decidiu pedir muito para conseguir algo. Eles querem resolver todos os problemas do próximo governo agora na entrada. O que nós temos de compromisso é resolver o valor do salário mínimo e o Auxílio Brasil, em torno de R$ 80 bilhões.”

“Governo se elegeu sob protestos”

“O governo eleito precisa ter clareza da realidade em que se elegeu: sob protestos nas ruas e com uma base parlamentar muito reduzida na Câmara e no Senado. Então precisa ser comedido na hora de pedir”, comenta Ricardo Barros. Ele resume o cenário político na Câmara: “correção da tabela do imposto de renda, aumento do servidor público, recomposição de orçamento de universidades públicas, isso tudo não está prometido pelo presidente Jair Bolsonaro e portanto não será entregue por esta base que ele tem no Congresso Nacional. O que foi por ele prometido é justo que se entregue”.

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