Estudantes negros denunciaram que suas vagas foram ocupadas por brancos que se declaram negros.

A fraude nas cotas raciais,que acontece em todo o país,foi enfrentada pela  Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)  que esta semana adotou uma decisão inédita: 21 alunos do curso de Medicina, do 4º ao 10º período, foram expulsos sob a acusação de terem fraudado o sistema de cotas étnico-raciais  ao todo 27 estudantes de Psicologia, Enfermagem, Comunicação Visual e Engenharia da Computação, tiveram suas matrículas canceladas. Outra lita de  53 golpistas das cotas raciais será divulgada ainda esta semana.

Há dois anos foi feita uma denúncia, acolhida na gestão de Roberto Medronho, então diretor da Faculdade de Medicina. A denúncia  foi feita por um grupo de alunos negros que se sentiram lesados por terem colegas brancos ocupando as vagas de forma ilegal.

A  Comissão de Verificação de Fraudes foi criada em junho de 2019 e composta por 54 membros dos diferentes segmentos da universidade,  abriu 168 processos para investigar os casos. Em 88 deles, os alunos foram considerados aptos a participar do sistema de cotas e ficaram com as vagas. Mas a comissão decidiu que outros 80 não têm direito. Desses, 27 processos foram concluídos, e o restante ainda a aguarda a finalização. Existem outros 230 casos sendo investigados.