No Sul, Os dilemas do governador Eduardo Leite

Leia a coluna de Flavio Pereira no jornal O SUL.

Eduardo Leite ganhou em 2018 uma eleição difícil contra José Ivo Sartori (MDB) declarando apoio pontual ao presidente Jair Bolsonaro. Depois de eleito, mudou. Agora, o governador gaúcho vê-se diante de uma encruzilhada. Uma delas, o convite reiterado pelo presidente nacional do PSD Gilberto Kassab, ao governador para que aceite filiar-se ao partido e disputar a Presidência da República.
A outra, a pressão dos correligionários tucanos e do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, para que reveja a promessa de não disputar a reeleição, e concorra novamente ao Palácio Piratini.

Qualquer das duas opções, cria um constrangimento e um conflito ético para o governador.
Se aceitar a disputa à Presidência da República, cometerá aos olhos do seu partido, uma deslealdade, saindo pela porta dos fundos após perder a prévia interna para o governador paulista João Dória.

Se aceitar a disputa ao governo do Estado, estará descumprindo a promessa de não concorrer à reeleição. Com base nessa promessa, aliados como o PP e o MDB facilitaram a vida do governador, aprovando praticamente todos os seus projetos polêmicos na Assembleia Legislativa, e fizeram planos para disputar o governo do Estado sem ter Eduardo Leite como adversário.

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