AliExpress e Shopee apostam no Brasil: o que muda para o e-commerce local?

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Por anos, investidores, especialistas e empresas brasileiras temeram uma grande investida de companhias asiáticas no e-commerce local. Embora o chinês AliExpress (BABA34) e a singapurense Shopee (S2EA34) tivessem presença no país há tempos, seu avanço vinha sendo discreto. Até agora.

De olho em um mercado que faturou R$ 87,4 bilhões em 2020, as duas empresas estão investindo pesado por aqui. Reduziram prazo de entrega, liberaram as plataformas para lojistas brasileiros e dobraram a aposta no marketing – a ponto de fazer o ator Jackie Chan falar português em peças publicitárias.

Dinheiro parece não faltar: por trás das plataformas, estão companhias gigantes. O Alibaba, dono do AliExpress, tem um valor de mercado de US$ 460 bilhões. Já a Sea, dona da Shopee, está avaliada em US$ 180 bilhões. Ambas têm BDRs – recibos de ações estrangeiras – listados na B3.

A invasão asiática, é claro, não se dá sem desafios – alguns, velhos conhecidos das empresas brasileiras. O primeiro é o câmbio. O dólar valorizado pesa sobre o preço dos produtos importados distribuídos por aqui, e exige adaptações.

Atrair vendedores brasileiros para as plataformas é uma forma de mitigar esse efeito. O AliExpress, que abriu seu e-commerce aos sellers locais em agosto, aposta em taxas agressivas – de 5% a 8% sobre o valor dos produtos comercializados. A Shopee, em comparação, cobra desde junho uma comissão de 12%. Antes, a taxa também era de 5%.

O que isso significa para os e-commerces brasileiros, alguns deles queridinhos dos investidores locais, como Americanas S.A. (AMER3, antiga B2W), Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3)? Concorrência. Com vendedores locais, Shopee e Aliexpress passam a ser competidores perigosos, seja na variedade de produtos, seja na estratégia de negócios.

“O mercado brasileiro vai ter cada vez mais players internacionais, primeiro entrando cross border e depois localizando meios de pagamento, marketing e vendedores”, diz uma fonte especializada em inovação no varejo.

E quem vai ganhar essa disputa?

Confira o que dizem os especialistas na matéria completa publicada no InfoMoney.

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