NOTA OFICIAL DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA: Repúdio aos atos impróprios praticados por estudantes de medicina e cobra qualificação do ensino médico

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota nesta terça-feira (19) cobrando das autoridades competentes apuração dos fatos envolvendo os alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa). Imagens divulgadas pelas redes sociais e pela imprensa mostram o grupo praticando atos impróprios após um jogo de vôlei durante um campeonato estudantil em São Paulo.

 

No texto, a Autarquia ressalta ainda a necessidade de qualificar o ensino médico no País, vinculando o episódio à fragilidade no processo de graduação em medicina. O CFM se colocou à disposição para definir, em conjunto com o Ministério da Educação e as universidades, ações que tornem os futuros médicos “preparados, com conhecimento clínico e técnico, além de conscientes de suas responsabilidades, deveres e limites junto à sociedade”.

 

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NOTA AOS BRASILEIROS

CFM repudia atos impróprios praticados por estudantes de medicina e cobra qualificação do ensino médico

 

Diante das imagens de estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa) praticando atos impróprios frente a uma imensa plateia, o Conselho Federal de Medicina (CFM) concorda com a decisão da instituição de ensino de expulsá-los e cobra das autoridades a apuração dos fatos e punição de todos os envolvidos nas esferas competentes.

 

É inadmissível que jovens que pretendem cuidar da saúde e da vida estejam envolvidos em atos grotescos que configuram situação de violência e assédio. As cenas divulgadas pelas redes sociais e imprensa causam repulsa e indignação e demonstram a necessidade de as escolas médicas qualificarem seu ensino para que, desde o início de sua formação, futuros médicos saibam como agir de forma ética, responsável e com bom senso em todas as situações.

 

O CFM lamenta profundamente os atos ocorridos e alerta que situações semelhantes podem ser evitadas com melhorias na qualificação do ensino, com o aprofundamento de conteúdos éticos em sala de aula, por exemplo. Infelizmente, a abertura indiscriminada de escolas médicas fragilizou o processo de ensino médico, expondo os estudantes à falta de infraestrutura em campos de estágio e a limitações de acesso a conteúdos fundamentais, como a necessidade de respeito aos seres humanos em qualquer circunstância.

 

Importante esclarecer que, como se tratam de estudantes, eles ainda não são alcançados pelos conselhos de medicina. Porém, o CFM já se coloca à disposição para definir, em conjunto com o Ministério da Educação e as universidades, ações que fortaleçam o ensino médico. Assim, o País contará com profissionais preparados, com conhecimento clínico e técnico, além de conscientes de suas responsabilidades, deveres e limites junto à sociedade.

 

Brasília, 19 de setembro de 2023.

 

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

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