No RS, João Luiz sugere investimentos para produção de gás a partir do xisto brasileiro

O prefeito de São Sepé, João Luiz Vargas, disse ontem que a decisão dos governos do Brasil e Argentina, de financiamento pelo BNDES do gasoduto para trazer ao Brasil gás do país vizinho extraído do xisto, desde a jazida de Vaca Muerta, reacendeu o debate sobre a exploração do xisto brasileiro. Segundo ele, essa decisão – o acordo Brasil-Argentina – deveria ser substituída por um investimento forte nas jazidas de xisto existentes no Brasil, as maiores do planeta. João Luiz, que já presidiu a Assembleia Legislativa gaúcha, conversou com o colunista, e elogiou a declaração do governador Eduardo Leite, que vê espaço para debater o tema, e lembra que “o legislativo, por iniciativa do saudoso deputado Erasmo Chiapeta – falecido em novembro do ano passado – produziu um gigantesco estudo sobre as reservas de xisto a partir do Paraná até o Rio Grande do Sul. Os Estados Unidos possui a maior reserva mundial de xisto, seguido pelo Brasil, Estônia, China e Rússia”, observa João Luiz. O Brasil possui um dos maiores volumes mundial de xisto, contém em seu território reservas de 1,9 bilhão de barris de óleo. A Superintendência Industrial de Xisto (SIX) da Petrobrás atua como um centro de desenvolvimento de tecnologia, para o xisto cuja exploração está vedada por decisões judiciais. A saída, sugere João Luiz, “é buscar financiamento do próprio BNDES e mecanismos modernos para mitigar a poluição da produção de gás a partir do xisto, o que desenvolveria regiões hoje carentes nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.”

Financiamento do BNDES para a Argentina é tema polêmico

A decisão do presidente Lula, de financiar via BNDES com bilhões de reais o gasoduto para gás natural na Argentina, ignora o fato de que o tipo de gás explorado no país vizinho é muito mais poluente do que o encontrado no Brasil. Esse mesmo gás também existe nos poços do pré-sal, e o Brasil não utiliza porque aqui não há dutos de transporte. Os mesmos dutos que o Brasil agora promete financiar para a Argentina.

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