Hospital Moinhos de Vento amplia estudo para a prevenção de AVC e demência em pacientes da atenção primária do SUS

Uma em cada quatro pessoas terá um acidente vascular cerebral, de acordo com dados da Rede Brasil AVC. No mundo, a incidência média é de 13,5 milhões de casos ao ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No mesmo período, a demência atinge 55 milhões de pessoas. Essas duas doenças não acontecem isoladamente — e um levantamento da OMS demonstra que pacientes que tiveram um AVC podem estar mais propensos a desenvolver um quadro de declínio cognitivo.

Para promover estratégias de prevenção ao AVC e à demência, o Hospital Moinhos de Vento está realizando a pesquisa clínica PROMOTE, voltada para pessoas de baixo e médio risco para desenvolver essas doenças. A iniciativa — em parceria com o Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) — começou na Unidade de Saúde Santa Cecília e está na fase 1. Neste mês, o recrutamento de pacientes foi ampliado para oito distritos de saúde.

“A estimativa é de que aproximadamente 90% dos casos de AVC poderiam ser prevenidos a partir da atuação precoce nos fatores de risco”, explica a neurologista cognitiva e líder do projeto, Brunna Jaeger Teló. Nesta parte inicial, participam 8 distritos de saúde de Porto Alegre, que estão recrutando pacientes interessados, com plano de incluir mil pessoas no total.

A pesquisa

Estão sendo selecionados voluntários com idade entre 50 e 75 anos e pressão arterial sistólica limítrofe de 121 a 139 mmHg — um pouco acima do considerado normal, mas que ainda não é regulada por uso de medicamentos. É necessário ter ao menos um dos fatores de risco para doenças como: sedentarismo, excesso de peso, alimentação inadequada e tabagismo.

Os interessados em participar do estudo serão sorteados para receberem uma polipílula, que é composta de substâncias para baixar o colesterol e a pressão arterial ou o placebo correspondente, além de intervenções para mudança (ou não) do estilo de vida. O objetivo é diminuir o risco de desenvolver as duas doenças entre as pessoas que integrarem o estudo. Comprovada a eficácia das medidas na fase 1, o projeto será expandido. A fase 2 deverá abranger as outras regiões do país, com o alcance de 60 unidades básicas de saúde em nível nacional, e com capacidade de atingir 12 mil interessados.

Confira os distritos de saúde e os bairros que participam do projeto:

Partenon/Lomba do Pinheiro: Partenon, Agronomia, Lomba do Pinheiro, São José, Vila João Pessoa, Santo Antônio e Cel. Aparício Borges.

Restinga/ Extremo Sul: Restinga, Ponta Grossa, Pitinga, Lageado, São Caetano, Chapéu do Sol, Belém Novo, Boa vista do Sul, Lami e Extrema.

Glória/ Cruzeiro/ Cristal: Cristal, Santa Tereza, Medianeira e Vila Ecológica,Teresópolis, Glória, Cascata, Belém Velho, Nonoai.

Noroeste/Humaitá/Ilhas: Higienópolis, Boa Vista, Jardim Europa, Vila Ipiranga, Jardim Itu, São Sebastião, Cristo Redentor, Jardim Floresta, Jardim Lindóia, Jardim São Pedro, Santa Maria Goretti, São João, São Geraldo, Navegantes, Humaitá, Anchieta, Farrapos e Ilhas.

Norte/Baltazar: Rubem Berta, Parque Santa Fé, Costa e Silva, Jardim Leopoldina e Passo das Pedras, Sarandi e Santa Rosa de Lima.

Centro: Menino Deus, Praia de Belas, Azenha, Santana, Cidade Baixa, Centro, Jardim Botânico, Santa Cecília, Rio Branco, Petrópolis, Farroupilha, Bom Fim, Bela Vista, Moinhos de Vento, Mont Serrat, Auxiliadora e Independência.

Leste/Nordeste: Três Figueiras, Vila Jardim, Bom Jesus, Jardim Carvalho, Protásio Alves, Morro Santana, Alto Petrópolis, Mário Quintana, Jardim Leopoldina, Chácara das Pedras e Jardim do Salso.

Sul/Centro Sul: Tristeza, Camaquã, Jardim Isabel, Vila Conceição, Cavalhada, Vila Nova, Ipanema, Campo Novo, Aberta dos Morros, Guarujá, Hípica, Vila Assunção, Sétimo Céu, Espírito Santo e Serraria.

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