Entenda os fatos comentados por Jair Bolsonaro com embaixadores.

Leia a coluna de Flavio Pereira no jornal O SUL.

O material que foi compartilhado por Bolsonaro quarta-feira (4), com 210 páginas, contém parte do inquérito, que tramita de forma sigilosa e mostra detalhes, relatados pela apuração interna do próprio TSE, sobre como o hacker invadiu o sistema e obteve “dados sensíveis” do tribunal, segundo seus próprios técnicos. Assim, o presidente não fez insinuações, mas comentou fatos, defendendo o aperfeiçoamento do sistema para torná-lo menos vulnerável.

Tudo teve início no dia 6 novembro de 2018, segundo uma cronologia feita pela Gazeta do Povo, quando o jornalista Felipe Payão, do site de notícias TecMundo, encaminhou ao TSE um e-mail que recebeu de um hacker. Na mensagem, o hacker relatava ter explorado, por meses e de forma remota, a rede interna do tribunal.

“Com isso, obtive milhares de códigos-fontes, documentos sigilosos, e até mesmo, credenciais, sendo login de um ministro substituto do TSE (Sérgio Banhos), e diversos técnicos, alguns sendo ligados a alta cúpula de TI [setor de Tecnologia de Informação] do TSE, ligado ao pai das urnas (Giuseppe Janino)”, dizia o e-mail.

Ele contou que os técnicos do tribunal chegaram a notar um “tráfego suspeito”, mas não conseguiram interromper sua navegação dentro da intranet da Corte.

No e-mail, anexou ainda várias imagens para comprovar a invasão, contendo trechos de sistemas de preparação da urna eletrônica. Disse, por fim, que obteve “documentos sigilosos que podem comprometer o pleito” e “milhares de outros códigos”. A então presidente do TSE, ministra Rosa Weber, determinou a abertura de investigação, que gerou o inquérito da Polícia Federal mencionado por Jair Bolsonaro.

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