Bancada do PL pode garantir na próxima semana a criação da CPI da Corsan no RS

O líder da bancada do Partido Liberal na Assembleia Legislativa, deputado Rodrigo Lorenzoni admite que já existe uma tendência do bloco no legislativo, de garantir as cinco assinaturas para viabilizar a CPI da Corsan, mas a decisão final será tomada terça-feira. Com as cinco assinaturas do PL, o requerimento receberia o número mínimo de 19 deputados, viabilizando a instalação da comissão na Assembleia Legislativa. Lorenzoni explica que “temos um cuidado muito grande porque uma CPI é algo muito sério, e a bancada do PL entende também que a função dos parlamentos é muito mais de fiscalização. Não queremos que uma eventual CPI sirva para discussão ideológica, mas para investigar o processo de compra e venda. Não é uma discussão de esquerda ou direita, mas de certo ou errado, de lícito ou ilícito, trata-se de investigar o processo de venda da Corsan”.

O líder do PL esclarece que “é preciso deixar bem claro que bancada do Partido Liberal é a favor do processo de privatização da Corsan, inclusive nossa bancada votou lá atrás, a favor do processo porque acreditamos no modelo de privatização e entendemos que a Corsan possa melhorar a qualidade do serviço, atender ao marco do saneamento, somente com o investimento privado. Mas o que vem nos preocupando é esse processo de venda e suas eventuais falhas. Não discutiremos o conceito da privatização, o que nós queremos averiguar é se o negócio foi lícito, quem são os sócios do Grupo Aegea, se alguns destes têm algum vínculo com o governo do estado, e se alguém ganhou dinheiro com isso. Dizem que o valor mínimo para venda da empresa seria de R$ 6 bilhões. Ela possui um patrimônio imobiliario de R$ 9 bilhões e há uma judicialização intensa, que chama a atenção e impede a assinatura do contrato entre o governo e a empresa adquirente”.

Lorenzoni mostra-se preocupado também com o fato de que, pelo contrato, “a partir 2027 a empresa adquirente da Corsan, a Aegea, que já prestava serviços à companhia há décadas, poderá repassar aos consumidores, os investimentos e, ao invés de utilizar seu caixa, lançar esses valores na conta de consumo”.

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