Para liberar dinheiro a países amigos, BNDES corta financiamentos para crédito agricola no Brasil

A afirmativa do então candidato Lula de que “o agro é fascista” foi materializada esta semana, com a decisão do BNDES, de cortar as principais linhas de crédito destinadas ao financiamento e custeio do agronegócio no Brasil. A justificativa do presidente do BNDES, Alozio Mercadante, chega a ser infantil: “o Brasil não pode ser só a fazenda do mundo”. A decisão do BNDES, que soa como vingança aos produtores rurais que teriam apoiado a candidatura de Jair Bolsonaro, afeta a todo o segmento e acontece no mesmo momento em que o governo anuncia que vai abrir espaços para que o banco de desenvolvimento volte a financiar obras em países amigos, preferencialmente governados pela esquerda. O agro tem sustentado a balança comercial positiva do Brasil nos últimos anos, competindo com países onde o produtor rural é altamente subsidiado por governos. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social suspendeu desde segunda-feira (6) os pedidos de financiamento e contratação referentes ao ano agrícola 2022/23. Algumas linhas de créditos já haviam sido paralisadas em 2022 e retomadas desde primeiro de fevereiro deste ano, com o anúncio de quase R$ 3 bilhões a mais. Segundo as informações do jornal Valor Econômico, a medida adotada pelo BNDES afeta ainda os seguintes pontos:

– Linhas do Pronaf matrizes e reprodutores;
– Pronaf tratores e colheitadeiras;
– Programa nacional de apoio ao médio produtor rural (Pronamp);
– Programa para a adaptação à mudança do clima e baixa emissão de carbono na agropecuária (ABC+);
– Programa para construção e ampliação de armazéns (PCA);
– Programa de financiamento à agricultura irrigada e ao cultivo protegido (Proirriga); e
– Programa de capitalização de cooperativas agropecuárias (Procap-agro giro).

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