Após prisão de Roberto Jefferson, quem segura o STF?

Leia a coluna de Flavio Pereira jornal O SUL: https://www.osul.com.br/apos-prisao-de-roberto-jefferson-quem-segura-o-stf/

 

 

A prisão do presidente do PTB, Roberto Jefferson, determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, com base na Lei de Segurança Nacional, irritou ao Procurador-Geral da República. O ministro do STF alegou que agiu sozinho diante do silêncio do Ministério Público. Em nota, a PGR, no entanto, desmente o ministro do STF e sustenta que se manifestou contra a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson por entender que a medida representa “uma censura prévia à liberdade de expressão, o que é vedado pela Constituição Federal” e proferir ataques à democracia. Em comunicado, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que se manifestou “no tempo oportuno”. Hoje, existem no Brasil, três presos políticos, por ordem do STF: o jornalista Oswaldo Eustáquio, o deputado Daniel Silveira e agora, Roberto Jefferson. Todos, por se expressarem.

O jurista Ives Gandra Martins vê censura prévia na prisão

O jurista Ives Gandra Martins, amigo de Alexandre de Moraes, com quem tem coautoria em vários livros publicados, comentou ontem que “a ação dele foi equivocada em relação ao Roberto Jefferson. É censura prévia. Alias, nesse particular o Procurador-Geral da Republica declara claramente que ele entende que é censura prévia. Ele, Roberto Jefferson, é presidente de um partido político. Ele não poderia ser preso. Neste particular, com toda admiração que tenho pelo ministro Alexandre de Moraes, o Procurador-Geral da República tem muito mais razão do que ele: foi censura prévia. Tenho muita preocupação que isso venha a fragilizar a democracia.”

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