Cientistas criam calculadora para prever risco de insuficiência cardíaca

A insuficiência cardíaca em estágio avançado no lado esquerdo do coração é uma condição considerada fatal. Embora as bombas cardíacas mecânicas sejam intervenções eficientes para preservar a vida desses pacientes, a cirurgia para implantar o equipamento pode ser arriscada, e ter a insuficiência cardíaca direita como uma das consequências mais graves. Identificar pessoas com alto risco para esse efeito colateral é uma tarefa desafiadora. Pensando nisso, cientistas liderados pela Universidade de Utah Health, nos Estados Unidos, criaram uma maneira de prever o risco individualizado após o implante da bomba no coração.

A calculadora de risco, chamada STOP-RVF, é agora utilizada para personalizar o atendimento a cada paciente antes e durante a colocação da bomba cardíaca. É o que aponta o estudo detalhado, ontem, na revista Jama Cardiology.

Para aqueles submetidos à cirurgia de implante de bomba cardíaca esquerda, o risco de insuficiência cardíaca direita varia entre 15% e 30%. No entanto, a complexidade individual torna a previsão de risco “excepcionalmente difícil”, segundo os autores.

Individualizando

Iosif Taleb, pesquisador cardiologista na Universidade da Califórnia e primeiro autor do estudo, pontua que é preciso focar na individualidade dos pacientes. “Cada paciente é único, com diferentes condições de saúde e características cardíacas. As bombas cardíacas também têm características específicas, e a combinação desses fatores torna as previsões difíceis”, disse, em nota.

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