Universidade Harvard já tem conselho para valorizar a liberdade de expressão

 

A Universidade Harvard (fundada em 1636) anunciou na primeira quinzena de abril, a criação do “Council on Academic Freedom at Harvard” (Conselho de Liberdade Acadêmica de Harvard). A proposta foi subscrita inicialmente por 70 professores, com o propósito de “melhorar o ambiente universitário, com mais liberdade de expressão, sobretudo para conter o avanço de políticas identitárias e politicamente corretas”. O tema, até agora pouco comentado, foi visitado há poucos dias, em uma abordagem feita pelo jornalista e escritor Eugênio Esber, no jornal Zero Hora.

Alguns pontos do documento que criou o Conselho de Liberdade Acadêmica de Harvard:

– A confiança no ensino superior americano está caindo mais rapidamente do que em qualquer outra instituição, com apenas metade dos americanos acreditando que isso tem um efeito positivo no país. Uma parte não desprezível desse desencanto é a impressão de que as universidades estão reprimindo diferenças de opinião, como as inquisições e expurgos de séculos passados.

– Pior, para cada estudioso que é punido, muitos mais se autocensuram, sabendo que podem ser os próximos. Não é melhor para os alunos, a maioria dos quais diz que o clima do campus os impede de dizer coisas em que acreditam.

– A razão pela qual uma instituição de busca da verdade deve santificar a liberdade de expressão é direta. Ninguém é infalível ou onisciente. A única maneira pela qual nossa espécie conseguiu aprender e progredir foi por meio de um processo de conjectura e refutação: algumas pessoas arriscam ideias, outras investigam se são sólidas e, a longo prazo, as melhores ideias prevalecem.

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