Jair Bolsonaro, entre o sonho e a realidade

O ex-presidente Jair Bolsonaro parece hoje mais realista em relação ao Brasil real. Deixou claro isso ao constatar que o julgamento do TSE já está decidido antes mesmo do seu início. O presidente que assumiu em janeiro de 2019 com um projeto nacionalista para o país, deu-se conta de que a tarefa é extremamente difícil num país onde todas as instituições encontram-se aparelhadas pelo que há de pior da esquerdopatia. Desde 1992, quando conheci Jair Bolsonaro, passei a acompanhar os avanços e recuos do ainda incipiente projeto Brasil Acima de Tudo, à época uma quimera.

O projeto político, que pretendia despertar o nacionalismo entre os brasileiros, tinha como mentores Jair Bolsonaro, o saudoso Capitão Enir dos Reis e um grupo reduzido de amigos.

Todos imaginavam que o Brasil poderia retomar o caminho da pluralidade e da liberdade das suas instituições, bastando para isso ter votos e apoio popular. Viu-se que a sofisticação desse domínio das instituições, a limitação dos seus atos por uma vigilância ideológica e perversa de outros poderes, não permitiu que, mesmo jogando dentro das quatro linhas, Jair Bolsonaro pudesse realizar pelo menos metade do que se propôs. O colunista encontra-se na Argentina e por esta razão não acompanha de perto a visita de Jair Bolsonaro ao Rio Grande do Sul. Mas é positivo constatar que Jair Bolsonaro evoluiu bastante na compreensão sobre com o que e com quem pode contar para prosseguir no seu projeto de desenvolvimento nacional.

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