É a palavra do presidente do STF: anulação formal dos processos não inocenta o ex-presidiário Lula

Leia a coluna de Flavio Pereira no jornal O SUL.

O presidente do STF, Luiz Fux confirmou uma evidência e desfez a Fake News que a velha imprensa, e militantes da esquerda têm aplicado: a de que o ex-presidiário Lula teria sido inocentado, quando seus processos foram anulados por um erro formal. No caso, um erro do CEP da comarca. O presidente do STF esclareceu que a anulação dos processos derivados da Operação Lava Jato foi um ato “formal”, e reafirmou o entendimento de que os erros processuais não apagam os fatos que foram demonstrados naquelas investigações. Fux, um ex-promotor de Justiça, e juiz de carreira, o único na atual composição do STF que prestou concurso para a magistratura, devia este esclarecimento aos seus pares, e à sociedade brasileira. Ele esclareceu o fato, em evento ocorrido em Belém em homenagem aos 75 anos do Tribunal de Contas do Pará:

“Tive a oportunidade, nesses dez anos de Supremo Tribunal Federal, de julgar de casos referentes a corrupção, que ocorreu no Brasil. Ninguém pode esquecer que ocorreu no Brasil, no mensalão, na Lava-Jato, muito embora tenha havido uma anulação formal, mas aqueles 50 milhões das malas eram verdadeiros, não eram notas americanas falsificadas. O gerente que trabalhava na Petrobras devolveu 98 milhões de dólares e confessou efetivamente que tinha assim agido”.

Na terra de Helder Barbalho, Fux critica corrupção

O presidente do STF afirmou ainda, referindo-se à corrupção, que “cada ato de corrupção é um colégio que fica sem merenda para as crianças. Cada ato de corrupção é um hospital sem leitos. é um lugar onde não há saneamento. E onde não há saneamento, não há saúde”. Luiz Fux, ao comentar a corrupção, parecia estar falando de corda em casa de enforcado. Dentre as autoridades presentes ao ato, estava o governador do Pará Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho, veterano em responder processos por corrupção e peculato. Três inquéritos sigilosos do Superior Tribunal de Justiça miram a gestão do governador Helder Barbalho (MDB), suspeito de participar de um esquema criminoso instalado na administração para fraudar licitações e desviar recursos públicos da área de saúde. As apurações tratam da gestão de hospitais de campanha em Belém e municípios do interior. Os valores firmados ultrapassam R$ 1,2 bilhão. A Polícia Federal pediu ao STJ para indiciar Helder Barbalho, o ex-secretário de Saúde, Alberto Beltrame, além de outras seis pessoas, pela compra irregular de respiradores para combate à Covid-19.

Crise é moral, afirma Sérgio Moro

O ex-ministro da Justiça e ex-juiz titular da Lava Jato, Sérgio Moro, repercutiu as declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. “Palavras fortes do Ministro Fux. Todo o roubo ou o saque dos cofres públicos está sendo infelizmente esquecido. A crise é acima de tudo moral”, escreveu Moro em sua conta no Twitter.

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