Os delegados da Polícia Civil gaúcha, aceitaram reduzir o pedido de aumento de 60% que era a reivindicação inicial da categoria, para um reajuste de 40%, escalonado ao longo de três anos. A Associação dos Delegados,em oficio dirigido ao governador Eduardo Leite, solicitou a reabertura das negociações, após a divulgação do Relatório de Gestão Fiscal indicando que Governo do Estado conseguiu sair do limite prudencial de gastos com pessoal definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A reivindicação agora é uma campanha unificada, com o apoio de comissários, inspetores e escrivães.
A Asdep, Associação dos Delegados de Polícia, propõe também que o pagamento por hora de trabalho extra tempo de trabalho passe a ser regulamentado, com registro e pagamento efetivo de cada hora cumprida ou alternativamente, seja criado um banco de horas, que seriam compensadas com folgas. O próximo passo, caso não prosperem as negociações, será as entidades sindicais orientarem os policiais a cobrarem as horas extras na Justiça.O presidente da Asdep, delegado Guilherme Wondracek, lembra que o Rio Grande do Sul já teve a quarta polícia mais bem paga do Brasil. “Hoje, tem a 16ª”. Em manifestação do presidente da Asdep a esta coluna, ele esclarece o foco das reivindicações:
– Em realidade nossa principal reivindicação é a recuperação salarial. Tivemos o último aumento digno no governo Tarso Genro. Depois disto só tivemos 6% em 2022 que só recuperaram as perdas inflacionárias daquele ano. Nossa pretensão é de em 2026 ter um reajuste em torno de 40%. Uma parcela em 2024, uma em 2025 e outra em 2026. Como muitos estados e a Polícia Federal estão tendo. Nossas perdas de 2013 para cá superam 60%”.