Pré-candidato acusado de desvio de doações, secretário Gelson Antunes afirma que MP não encontrou nenhuma prova que o incrimine.

DENUNCIA DE DONATIVOS PARA FINS ELEITORAIS

Em uma live realizada na sua rede social,o Secretário da Educação de Eldorado do Sul e pré-candidato a prefeito do municipio – atualmente afastado,segundo informação da prefeitura – Gelson Antunes firmou que a operação do MP realizada em seus endereços não encontrou nenhuma prova que o incrimine na suspeita do desvio de doações destinadas as vitimas da enchente no município. Os outros suspeitos,também afastados de suas funções na prefeitura, são João Carlos Ferreira,secretário de Habitação,e Paulo Volmir Garcia, conhecido como Giló.

Os crimes apurados são de apropriação indébita, peculato e associação criminosa durante estado de calamidade pública.

Eldorado, que fica na região metropolitana de Porto Alegre, foi uma das mais afetadas pelas enchentes que atingem o estado desde o fim de abril. Da população total de 39.556 habitantes, cerca de 32 mil tiveram que sair às pressas, como numa guerra, e 100% da área urbana da cidade foi atingida pela água.

A OPERAÇÃO DO MP

No último sábado (25), uma operação realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) desvendou um esquema de desvio de doações destinadas às vítimas das enchentes na cidade de Eldorado do Sul, região metropolitana de Porto Alegre. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPRS cumpriu nove mandados de busca e apreensão contra três agentes públicos. Pelo menos dois deles são pré-candidatos às eleições deste ano no município. Os itens estariam sendo desviados para beneficiar futuros eleitores dos investigados.

EXÉRCITO ASSUME COORDENAÇÃO DAS DOAÇÕES

Após a operação, o órgão recebeu autorização do procurador-geral de Justiça do RS, Alexandre Saltz, e se reuniu com a prefeitura e o Exército. O objetivo é que os militares assumam, com urgência, o recebimento, controle e distribuição dos donativos à população. Essa medida visa evitar que os moradores fiquem desatendidos de suprimentos básicos durante o período de investigação conduzido pelo MP-RS.