Passo Fundo na expectativa por investimento de R$ 50 milhões

Passo Fundo vive momento de expectativa, diante da possibilidade de se confirmar um investimento estimado em R$ 50 milhões, na área abandonada da antiga  industria Manitowoc, com a consequente geração de centenas de empregos diretos e indiretos, trazendo de volta para a região, mais uma indústria do setor de equipamentos agrícolas, que tem um papel estratégico no cenário nacional e internacional. O destino da área e estrutura industrial da antiga Manitowoc e dos possiveis investimentos, serão decididos no dia 26, na próxima quinta-feira, quando a 3ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado vai julgar uma ação que tramita desde 2016, ocasião em que a empresa norte-americana encerrou a produção de guindastes no local, alegando questões estruturais da economia brasileira. A retomada das atividades,e a solução para o impasse criado na área industrial tornou-se possivel, depois que o empresário Antônio Roso adquiriu o CNPJ da Manitowoc, passando a se chamar PAR Soluções Agrícolas. A previsão é de produzir silos de armazenagem de grãos,  faturar R$ 1,45 bilhão, e gerar 300 empregos em cinco anos.  Roso é um empresário respeitado na região, com atuação politica e empresarial, membro de diversas entidades, fomentando o desenvolvimento do setor industrial do Estado. Atuou mais de três décadas nas diretorias da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS/CIERGS), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAI, Serviço Social da Indústria (SESI), Associação Comercial Industrial de Marau (ACIM) e de Passo Fundo(ACISA) e Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM) foi vice presidente da FIERGS, e conselheiro na Confederação Nacional da Indústria (CNI). O anúncio de investimentos pela PAR, no valor de R$ 50 milhões para a produção de implementos agrícolas, especialmente de soluções relacionadas à armazenagem da produção, é uma notícia que traz esperança e entusiasmo aos cidadãos e empresários da região norte do estado. Houve mobilização do Comitê de Entidades Empresariais de Passo Fundo a favor da PAR Soluções Agrícolas, e a Câmara de Vereadores construiu um projeto com 14 assinaturas, que acabou por ora, arquivado por orientação da Procuradoria.
Entenda o caso

Uma ação popular pede a devolução da área, sem ressarcimento por benfeitorias feitas pela Manitowoc. Obteve êxito em primeira instância. A PAR fez nova proposta, aceitando a devolução da área ao município, indicando participação num certame público, mas pedindo indenização de 50% sobre o que foi apurado em parecer técnico das benfeitorias feitas pela antiga Manitowoc. O município não concordou e fez contraproposta, aceitando a devolução da área para fazer licitação e oferecendo apenas 30% sobre os 50% pedidos pela PAR como indenização, cujo recurso viria de outorgas da área. A PAR aceitou a proposta, mesmo discordado do valor.

Idas e vindas do acordo

No Tribunal de Justiça, porém, foi aberta a possibilidade de acordo entre as partes. A empresa, a princípio, formulou proposta para retomar a atividade industrial, com ressarcimento ao município e previsão de investimento no local. Mas dependia das outras partes interessadas em aceitar, e de uma lei que seria criada pelo município para viabilizar a retomada.
Diante de manifestações do Ministério Público, que não é parte da ação, mas emitiu recomendação para que a prefeitura se abstivesse de qualquer movimento, o Executivo acabou recuando do acordo. Existe o risco de que o Ministério Publico tenha sido induzido por denuncias infundadas de um empresário de setor ligado ao agro, publicadas em redes sociais, sobre o que ele chama de “denúncia da farsa da Manitowoc”. Esse empresário, com o nítido propósito de inviabilizar um acordo, diz ter apresentado uma proposta à prefeitura para ocupar a área, que nunca foi levada em consideração. Ele não integra o processo, mas tem feito publicamente acusações graves, sem comprovação, contra a tentativa de acordo entre as partes. Esse tem sustentado nas suas redes sociais, que manteve conversas com dirigentes da Manitowoc, o que é desmentido pela própria empresa em documentos extrajudiciais e agora com uma ação que está sendo movida contra esse empresário.

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