Há uma evidente semelhança entre a trajetória das guerrilhas urbanas da América-Latina que surgiram com as lutas armadas de esquerda e a ação das facções criminosas no Brasil. Os casos recentes ocorridos em Criciúma (SC) e Cametá (PA) utilizariam técnicas próprias de ações da guerrilha.
A avaliação é do advogado e professor Marcio Vinicius Nunes, que produziu um estudo detalhado sobre o tema. Para ele, “é preciso investigar a possibilidade de classificar os crimes cometidos por facções e organizações criminosas dentro da Lei Antiterrorista 13.260/16, visto que a partir da revisão bibliográfica foi possível constatar diversas semelhanças entre as ações dos terroristas e as organizações criminosas.”
Para o especialista, “as organizações criminosas brasileiras deveriam sofrer as mesmas aplicabilidades penais que as ações terroristas, visto que suas ações se assemelham em vários aspectos com as atividades de guerrilha”