Cirurgião que usa animações em suas redes sociais comenta sobre a nova ética e diretrizes do Conselho Federal de Medicina

O excessivo uso das redes sociais tem levado muitas pessoas a desenvolver o que é conhecido como distorção de autoimagem ou, em termos mais técnicos, transtorno dismórfico corporal.


A crescente exposição a imagens de corpos considerados “perfeitos” e a constante comparação com o próprio corpo, resultado do tempo significativo gasto nas redes sociais observando as vidas e aparências alheias, está associada ao aumento da prevalência desse transtorno.

Em um momento em que o Conselho Federal de Medicina (CFM) apresenta novas regras para publicidade médica no Brasil, Dr. Josué exemplifica como a divulgação responsável pode impactar positivamente a relação entre médico e paciente.

Na manhã desta terça-feira, o CFM anunciou uma nova resolução que redefine as diretrizes para publicidades feitas por médicos em todo o país. A resolução, apresentada durante uma coletiva de imprensa em Belo Horizonte, traz mudanças significativas nas práticas de divulgação médica.

‘’Comecei a usar as ilustrações porque todo dia via publicações sensacionalistas na tentativa de atrair pacientes e pessoas em busca de melhora da auto estima e isso pode gerar inúmeras inseguranças e questionamentos’’, comenta Dr. Josué.

Sob a nova resolução, médicos podem continuar a publicar imagens de “antes e depois” de tratamentos, incluindo procedimentos estéticos, contanto que obtenham o consentimento explícito de seus pacientes.

Além disso, o CFM definiu diretrizes claras para o uso de imagens de pacientes, proibindo a promoção de medicações ou métodos não comprovados cientificamente.

O Conselho, em sua recente resolução, abordou questões cruciais relacionadas à conduta dos médicos em relação ao uso de imagens de pacientes e propaganda médica. Uma das diretrizes estabelecidas é que a especialidade médica não deve ser anunciada de forma enganosa, especialmente quando se trata de imagens de pacientes.

No entanto, a resolução não proíbe selfies de médicos com pacientes famosos ou celebridades da mídia, desde que essas imagens não prometam resultados específicos. Isso permite que os médicos compartilhem momentos com figuras públicas sem comprometer a ética médica.

Por outro lado, a resolução também enfatiza que os médicos não devem garantir resultados positivos aos pacientes, uma vez que a reação de cada organismo aos procedimentos médicos pode variar significativamente.

Além disso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) destaca a importância de distinguir entre ser pós-graduado e ser especialista. Esta distinção é relevante para manter a transparência na comunicação médica e evitar que os pacientes sejam enganados por afirmações falsas de especialização.

Sobre

O Dr. Josué Montedonio Nascimento possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (2004). É sócio da Associação Paulista de Medicina, da Sociedade Brasileira de Queimaduras, membro da Federación Latino Americana de Quemaduras, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da American Society of Plastic Surgeons. Atualmente é sócio na Clínica AudiMontedonio

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