Responsável por cerca de 28% da geração de energia elétrica no país e por aproximadamente 41% do total de linhas de transmissão, a Eletrobras, ao longo de 2021, reafirmou o elevado desempenho técnico das suas instalações de geração e transmissão, contribuindo para o fornecimento de energia elétrica aos brasileiros no contexto de crise hídrica. No terceiro trimestre do ano, a energia gerada pelas empresas Eletrobras correspondeu a cerca de 30% de toda a energia produzida no Brasil. Destaca-se ainda que, da capacidade instalada de geração da companhia, 97% baseiam-se em fontes com baixa emissão de gases de efeito estufa.
O ano marcou a aprovação, pelas Casas Legislativas, do projeto de capitalização da Eletrobras, posteriormente sancionado pelo governo federal pela Lei 14.182. Considerando a visão da capitalização da empresa, o recém-lançado Plano Diretor de Negócios e Gestão, referente ao período de 2022 a 2026, prevê um volume de investimentos de R$ 48,3 bilhões, representando um aumento de quase 90%, se comparado com o PDNG anterior (2021-2025), que, excluindo Angra 3, previa um investimento de R$ 25,8 bilhões.
Em novembro, foi realizado o lançamento do Programa de Modernização das Instalações de Geração de Energia da Eletrobras Chesf, em Paulo Afonso (BA). A iniciativa prevê investimento de R$ 1,5 bilhão ao longo dos próximos dez anos nas usinas hidrelétricas de Sobradinho, Luiz Gonzaga, Xingó e Paulo Afonso IV, todas instaladas no rio São Francisco, estendendo a vida útil desses ativos e garantindo sua disponibilidade e confiabilidade operacional.
Também foi efetivada a primeira emissão de títulos verdes para linhas de transmissão. As empresas Eletrobras foram consideradas habilitadas a emitir green bonds ligados a projetos de linhas de transmissão e o primeiro título verde do grupo foi lançado pela controlada CGT Eletrosul, no valor de R$ 185 milhões, em setembro.
A companhia reforça continuamente o seu compromisso com as práticas ESG, voltadas para os temas ambiental, social e de governança. Este ano, em parceria com o BNDES, foi registrado junto à ONU o pacto energético “Descarbonização da matriz elétrica dos sistemas isolados da Amazônia substituindo geração a diesel por energia limpa, renovável e acessível”, com foco nos sistemas isolados da Amazônia brasileira, que somam 1.218 MW em capacidade instalada, sendo mais de 90% com origem no diesel, que, além de alta intensidade de emissões, tem custo elevado.
Ainda no tema ambiental, a Eletrobras obteve conceito máximo em segurança hídrica em questionário aplicado pelo CDP, órgão global sem fins lucrativos especializado em gestão ambiental. Com a pontuação, a companhia passou a fazer parte da “A List”, que reúne as empresas líderes em transparência e ação ambiental no mundo. A empresa também integra a lista de líderes em engajamento com fornecedores do CDP, estando entre as 7% que mais engajam com fornecedores em mudanças climáticas.
A Eletrobras figurou entre as 14 empresas brasileiras mais transparentes na divulgação de informações sobre sustentabilidade, segundo estudo do Observatório da Transparência, iniciativa do conselho da GRI no Brasil, e também conquistou pela primeira vez o Troféu Transparência 2021, na categoria empresas com receita líquida acima de R$ 8 bilhões, que homenageia as empresas com as melhores práticas em informações contábeis.
Transparência também foi tema de outros reconhecimentos alcançados pela Eletrobras, como o Selo Empresa Pró-Ética 2020-2021, concedido pela Controladoria Geral da União (CGU); o nível de excelência na Certificação do Indicador de Governança da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (IG-SEST), concedida pelo Ministério da Economia; e o nível mais alto de aderência a boas práticas de compliance no Programa Nacional de Prevenção à Corrupção, do Tribunal de Contas da União (TCU). As empresas Eletrobras receberam ainda o Selo Pró-Equidade 2021, concedido pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Com o propósito de colocar toda sua energia para o desenvolvimento sustentável da sociedade, em 2021, a Eletrobras lançou quatro editais que selecionaram 79 projetos culturais, esportivos, socioambientais e eventos do setor elétrico a serem apoiados em todas as regiões do Brasil em 2022, com investimento da ordem de R$ 18 milhões.
Já o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e operacionalizado pela Eletrobras, realizou a Terceira Chamada Pública do Procel Reluz, com investimento recorde de R$ 65 milhões para projetos que tornem eficiente a iluminação pública de vias e praças de municípios de todo o país. O edital para Eficiência Energética no Setor Público, por sua vez, disponibilizou R$ 67,5 milhões para projetos de eficiência energética de edificações públicas.