Com 93,65% da apuração concluída por volta das 21h no horário de Brasília, Peña registrava 43,01% dos votos válidos. Assim, não pode mais ser ultrapassado por Efraín Alegre, advogado de 60 anos líder da coalizão de centro-esquerda, a Concertación Nacional, que aparece na segunda colocação, com 27,52%.
Diferentemente do Brasil, as eleições no Paraguai não admitem segundo turno — regra que vale, inclusive, para a briga pela Presidência da República.
A alternativa de oposição, apesar de bem posicionada nas pesquisas eleitorais, não foi forte o bastante para derrotar o candidato do Partido Colorado. De acordo com o Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do Paraguai (TSJE), quase 5 milhões de eleitores votaram.
Santiago Peña vai ficar no cargo de presidente pelos próximos cinco anos. O vice-presidente do Paraguai será Pedro Aliiana. Com eles também foram eleitos 45 senadores, 80 deputados e 17 governadores de províncias. Assim como no Brasil, o Paraguai adotou o sistema de urnas eletrônicas.
A vitória de Peña representa a continuação da hegemonia do Partido Colorado no comando do Executivo paraguaio. Desde 1948, a sigla só não esteve representada no poder com dois presidentes: Fernando Lugo, de 2008 a 2012, e Federico Franco, de 2012 a 2013.