Delegado que investigava fraude na urna eletrônica ganhou cargo da presidência do TSE.

Segundo inquérito sigiloso e ainda não concluído da PF, antes de invadir o sistema do TSE, o hacker teria invadido os Tribunais Regionais de Pernambuco, Acre, Pará, Ceará, Bahia e Paraíba.

No dia 03 de novembro de 2015, ao ser inquirido durante audiência pública na CPI dos Crimes Cibernéticos, Giuseppe Janino, então Secretário de Tecnologia do TSE, faltou com a verdade.

O fato gerou uma denúncia protocolada na Polícia Federal cerca de 2.5 anos depois, em junho de 2018. A notícia crime foi endereçada ao então Diretor Geral da Polícia Federal Rogério Galloro, e o denunciado acusado de ter cometido o crime de falso testemunho.

Em agosto de 2018 foi protocolado no TSE um documento dando ciência ao Ministro Luís Fux, então presidente do TSE, da existência dessa denúncia. Fux deixou a Presidência do TSE em seguida sem tomar qualquer providência para apurar os fatos.

Sucedeu Fux na Presidência do TSE a Ministra Rosa Weber, com a responsabilidade de conduzir os trabalhos durante as eleições de 2018. Para variar com um discursinho clichê sobre a política.

Na ante véspera do primeiro turno das eleições de 2018, Rosa Weber foi comunicada formalmente da existência da denúncia contra o secretário de TI do TSE, Giuseppe Janino. Uma cópia da notícia crime foi protocolada no TSE aos cuidados da própria Presidente do Tribunal.

Rosa Weber porém, não afastou o Secretário, e o manteve à frente da equipe que conduziu as eleições. Nenhuma medida foi tomada para investigar os motivos da representação contra Janino.

Janino permaneceu no cargo até maio desse ano, quando foi substituído por conta das falhas nas eleições municipais.

No dia 6/12/2018, poucos dias após o segundo turno, Rosa Weber convidou o então Diretor-geral da PF, Rogério Galloro, a quem havia sido endereçada a denúncia, para a assessor especial da presidência do TSE. Corrupção ativa através da cooptação de um agente público Federal?

No mês seguinte Galloro começou a trabalhar no TSE justamente ao lado de quem deveria ter investigado. Ao aceitar o emprego oferecido por Rosa Weber, Rogério Galloro pode ter cometido um ato de corrupção passiva, o que também é crime previsto no Código Penal.

No ano passado, ao assumir a presidência do STF, Fux achou por bem convidar Rogério Galloro para trabalhar com ele na Presidência da Suprema Corte, ocupando também o cargo de assessor especial.

Com a saída de Galloro do cargo de assessor especial da Presidência do TSE, abriu-se a vaga para Giuseppe Janino assumir a posição, desta vez convidado por Barroso, o atual presidente do TSE, um ferrenho defensor da urna eletrônico de Giuseppe Janino.

Como se vê, “a festa da Democracia” não é para todos, mas apenas para aqueles que sabem dos segredos embutidos no sistema oculto instalado nas urnas eletrônicas, assim como para aqueles que deveriam investigá-los, mas que se omitiram das suas responsabilidades.

Essa linha de raciocinio foi desenvolvida por Saul Christos na sua conta do Twitter.

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