Briga de cachorro grande: setor pet deve movimentar operações de M&A em 2023

Operações de fusão e aquisição nos setores de saúde, educação e tecnologia já são bastante comuns. Mas um outro setor tem mostrado sinais de aquecimento nesse tipo de operação: o de bichos de estimação, informa o InfoMoney.

Quem chama a atenção para o setor são Ricardo Bahiana e Bruno Jucá, sócios da B2R Capital, assessoria especializada em M&A e valuation. A consultoria, que atende alguns fundos e empresas consolidadoras que vêm comprando ativos relacionados ao mundo animal, entre elas a Petz, que fez um IPO em 2020, e a Petlove, identificou um aumento de interesse no setor. “A Petlove, por exemplo, está aumentando sua área interna de M&A, e tem buscado análises de empresas. Há fundos de investimento interessados em varejo premium, planos de saúde para animais e clínicas veterinárias”, diz Bahiana.

Com os indícios de um aumento de temperatura no segmento, os sócios foram estudar o setor e identificaram alguns pontos importantes. “O mercado brasileiro de pets está entre os cinco maiores do mundo, apresenta altas taxas de crescimento e é altamente fragmentado, com petshops de bairro representando 95% dos pontos de venda. A área de saúde pet tem uma subrepresentação na comparação com outras economias e, dentro do ecossistema há diversas áreas de interesse, do varejo e da loja física até distribuição e tecnologia”, resume Bahiana.

Outros indícios apontam na direção de um aquecimento do setor. Entre 2017 e 2019, ocorreram apenas sete transações de M&A, média pouco acima de duas por ano, de acordo com análise da B2R Capital. Já entre 2020 e 2022, foram mais de 40 operações. Esse movimento teve como protagonistas tanto os fundos de investimento como as empresas listadas ou investidas por fundos.

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