Leia a coluna de Flavio Pereira no jornal O SUL.
Após ser “desconvidado” pelo Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves para a palestra que faria dia 3 de junho, o ministro Luiz Fux preferiu cancelar sua vinda ao Estado.
A versão oficial indica que a segurança teria orientado o cancelamento do compromisso.
Mesmo diante da saída honrosa encontrada pela OAB local, de convidá-lo para um outro evento montado às pressas no Spa do Vinho. Ontem, no final da manhã, a agenda do presidente do STF já mostrava que ele não sairá de Brasília no dia 3 de junho: vai presidir às 18 horas, na sede do Tribunal, o Seminário “Repercussão Geral 15 anos: origens e perspectivas”. Esta coluna já avaliou ontem: o episódio precisa levar a uma reflexão de todos. O desconforto dos cidadãos, não se dá em relação à instituição STF, esta inatacável como guardiã da Constituição. Mais que desconforto, a indignação de uma grande parcela de cidadãos se dá com um ativismo político, nunca antes visto, dos ministros do STF, que legislam, intervêm em atos privativos do Poder Executivo, ignoram o Ministério Público e portam-se como integrantes de um partido de oposição ao governo. O STF é a Corte Suprema. A militância política deve ser deixada para os partidos políticos.