Delegado que investigava urna eletrônica, agora é assessor de Fux na presidência do STF.

Leia na coluna de Flavio Pereira em O SUL:

https://www.osul.com.br/delegado-que-investigava-tse-agora-e-assessor-de-fux-na-presidencia-do-stf/

Saiba como se enfraquece uma investigação, tendo o poder supremo nas mãos:
Ao ser inquirido no dia 03 de novembro de 2015 durante audiência pública na CPI dos Crimes Cibernéticos, Giuseppe Janino, então Secretário de Tecnologia do TSE, faltou com a verdade, o que gerou uma denúncia protocolada na Polícia Federal em junho de 2018. A notícia-crime foi endereçada ao então Diretor Geral da Polícia Federal Rogério Galloro, e o denunciado acusado de ter cometido o crime de falso testemunho.

Em agosto de 2018 foi protocolado no TSE um documento dando ciência ao Ministro Luís Fux, então presidente do TSE, da existência dessa denúncia. Fux deixou a Presidência do TSE em seguida sem tomar qualquer providência para apurar os fatos. Ao suceder Fux na Presidência do TSE a Ministra Rosa Weber recebeu a missão de conduzir as eleições de 2018. Comunicada formalmente da existência da denúncia contra o secretário de TI do TSE, Giuseppe Janino, Rosa Weber porém, não afastou o Secretário, e o manteve à frente da equipe que conduziu as eleições. Nenhuma medida foi tomada para investigar os motivos da representação contra Janino. No dia 6 de dezembro de 2018, poucos dias após o segundo turno, Rosa Weber convidou o então Diretor-geral da PF, Rogério Galloro, a quem havia sido endereçada a denúncia, para a assessor especial da presidência do TSE.

Na ótima dos Supremos ministros quando examinam casos do Executivo, seria corrupção ativa através da cooptação de um agente público Federal? Até ser substituído em maio deste ano, devido a falhas nas eleições municipais de 2020, Janino permaneceu no cargo até maio desse ano, trabalhando ao lado do Delegado que deveria investigá-lo.

Ao assumir a presidência do STF, Luiz Fux convidou o delegado Rogério Galloro para trabalhar com ele na Presidência da Suprema Corte, ocupando também o cargo de assessor especial, e com isso impedindo que ele retornasse à Polícia Federal. E se Jair Bolsonaro interferisse desta forma em uma investigação, cooptando o delegado?

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