CNBB toma posição. A quem interessa a descriminalização do uso de drogas em votação no STF?

O STF retoma nesta quinta-feira o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 635659 sobre a descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal, um tema de grande interesse para o bilionário negócio do tráfico internacional de drogas, que vê a possibilidade de expandir seus negócios de forma legal. Após um longo silêncio sobre tema tão importante para o país, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ) emitiu nota oficial, garantindo que mantém sua posição contra a descriminalização do uso das drogas, expressa pela instituição em nota publicada em 26 de agosto de 2015. A CNBB conclamou o Estado e o povo brasileiro “à necessária lucidez no trato deste tema tão grave para a sociedade”.

Bispos se posicionam no segundo turno: 'A vida não é prioridade para  Bolsonaro' - Mídia NINJA

 

 

Impacto das drogas na saúde, família e sociedade, diz a CNBB

O secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, reafirmou, por meio de um vídeo, as posições da instituição manifestadas na nota de 2015. “O uso indevido de drogas interfere gravemente na estrutura familiar e social. Está entre as causas de inúmeras doenças, de invalidez física e mental, de afastamento da vida social”. A mensagem do vídeo reforça ainda que “a dependência que atinge, especialmente, os adolescentes e os jovens, é fator gerador da violência social, provoca no usuário alteração de consciência e de comportamento. O consumo e o tráfico de drogas são apontados como causa da maioria dos atentados contra a vida”.

CNBB menciona posição do Papa Francisco

A manifestação da Confederação dos Bispos brasileiros menciona ainda o Papa Francisco, “que aponta o consumo de drogas como uma forma de degradação. O Santo Padre expressou, com muita clareza, que “a droga não se derrota com droga. A droga é um mal e com o mal não pode haver cessões ou compromissos.” Na carta encíclica Laudato Si’, o Papa Francisco constata, com tristeza, que são numerosas as pessoas provadas por condições de vida indigentes, que exigem atenção e o compromisso solidário. Atesta, ainda, que a “a própria vida humana é um dom que deve ser protegido das várias formas de degradação”.

 

Leave a Reply