No Rio Grande do Sul, Eduardo Leite assume o Piratini com “a casa reorganizada”

Ao tomar posse ontem (1°) para um novo período de governo, Eduardo Leite admitiu o desgaste sofrido com algumas medidas tomadas na sua primeira gestão, ao afirmar que “não foi fácil fazer o que fizemos, mas foi necessário e, o tempo dirá, foi acertado. A partir desta agenda de modernização, pouco simpática em alguns aspectos porém inadiável, reorganizamos a casa e recuperamos a capacidade de fazer o que a sociedade espera de nós. Iniciamos hoje o segundo mandato”.

Leite prepara terreno para assumir o PSDB

O governador gaúcho, que no final de fevereiro terá a missão de comandar o PSDB nacional, sinalizou para uma relação que vale para o cargo de governador, mas que também poderá ser aplicada ao novo papel de dirigente nacional da sigla:

“Garanto ao povo gaúcho que manteremos com o governo federal uma relação saudável e madura, de respeito federativo. Nós e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atendemos a mesma população aqui no Rio Grande do Sul. Divergimos ideológica e programaticamente em muitos temas, mas não esperem do nosso governo nem subserviência, nem sublevação em relação ao governo federal. Temos pautas comuns, administramos urgências. Temos problemas bem objetivos para resolver com diálogo, sobriedade e grandeza cívica”.

Privatizações polêmicas

Tema que ganhou relevo na campanha eleitoral, a privatização continua sendo um desafio para o governo, como a venda da Corsan, a Companhia Riograndense de Saneamento, que foi vendida para a Aegea por R$ 4,15 bilhões em leilão realizado na Bolsa de Valores de São Paulo no último dia 20 de dezembro, mas segue travada pela judicialização do caso. Outro desafio do novo governo, será o Banrisul, do qual o estado é o acionista controlador. Embora seja uma empresa de economia mista com excelentes resultados, gestão técnica, e motivo de orgulho para os gaúchos pela capilaridade da sua presença física nas comunidades, enfrenta um processo natural de depreciação, diante do desafio trazido pelo novo perfil do mercado, com o crescimento dos bancos digitais.

PP perde espaço no segundo governo de Leite

O Partido Progressista, que terá oito deputados na Assembléia Legislativa, perdeu espaço no governo. Depois de ter ocupado pastas estratégicas, como a Casa Civil, e a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, terá agora espaços de segunda linha no governo, como as pastas do Desenvolvimento Econômico, e o Turismo. Outro partido, fiel aliado no governo anterior, o Republicanos, com cinco deputados, não terá nenhum representante no primeiro escalão do novo governo.

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