TSE, parcial, não investiga sumiço de 154 mil inserções de Bolsonaro e compromete lisura das eleições

A verdade: afanaram de Jair Bolsonaro, o equivalente a 52 dias de propaganda eleitoral no rádio.

O escândalo do “Radiolão”, no qual foram roubadas da candidatura de Jair Bolsonaro milhares de inserções de rádio desta campanha eleitoral, e a decisão do TSE de não investigar o fato, confirmado em depoimento à Polícia Federal pelo próprio servidor do tribunal que coordenava este pool de emissoras, e que acabou demitido, tornou-se o assunto dominante no país e no exterior. Uma série de fatos nos últimos dias trazem a falsa impressão de que o Tribunal Superior Eleitoral estaria jogando para que o candidato Lula vença esta eleição. Essa percepção – repito, equivocada – surge porque muitas das decisões mais relevantes do TSE são abertamente a favor de um candidato, o petista, e contra o outro, o candidato do PL, o presidente Jair Bolsonaro.

Ontem, o jornalista José Roberto Guzzo comentou que “o último escândalo, talvez o pior de toda a coleção que o TSE acumulou desde o início da campanha, é essa trapaça gigante, e cada vez mais obscura, na administração do horário eleitoral. Não se trata mais, apenas, da expropriação de tempo que pertence legalmente a Bolsonaro, e que foi entregue a Lula com ‘argumentação técnica’ de jardim de infância. Trata-se, agora, de fraude direto na veia: segundo denúncia apresentada ao TSE pela candidatura do presidente, cerca de 1,3 mil horas, ou o equivalente a 150 mil mensagens devidas a ele, não foram ao ar em emissoras de rádio do Nordeste. É isso: sumiram, simplesmente, ao longo da campanha, e deixaram o eleitor nordestino ouvindo uma voz só – a de Lula. Não há precedentes de um roubo de tempo igual a esse na história das eleições no Brasil.”

Presidente do TSE usa perfil fake como fonte para decisão

O fato curioso é que presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, citou a página “Desmentindo Bozo”, um perfil fake no Twitter, para indeferir um pedido do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), para investigar irregularidades em inserções de rádios. “Bozo” é um termo irônico usado pela esquerda para satirizar Bolsonaro.

CPI do Radiolão já tem 60 assinaturas

Mesmo com a ausência da maioria dos deputados em Brasília, ainda assim o pedido de formação da CPI para investigar a fraude das inserções de rádio já contava ontem com 60 assinaturas das 171 necessárias. O requerimento é do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), subscrito por parlamentares como Carla Zambelli (PL-SP), Carlos Jordy (PL-SP) e Paulo Martins (PL-PR). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prometeu que vai ler o requerimento em plenário assim que as assinaturas sejam coletadas.

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