TSE pagou sem licitação, R$ 26 milhões pelo equipamento para agilizar banco de dados das eleições.

O TSE pagou sem licitação, R$ 26 milhões pelo serviço de “Cloud at Customer Oracle”, equipamento feito para suportar falhas em praticamente todos os componentes e seguir trabalhando, e que funciona em vários blocos de mercado, como quebra-cabeças, otimizado para rodar o banco Oracle, informa “o Antagonista”.
O contrato do TSE com a Oracle do Brasil Sistemas, responsável pelo serviço, foi realizado com dispensa de licitação.
Foi publicado no Diário Oficial da União no dia 25 de março deste ano, com o valor total de R$ 26,2 milhões.
Até agora, a Justiça Eleitoral brasileira empenhou R$ 19.564.473,36 em favor da filial brasileira da Oracle em 2020, segundo dados levantados pela BBC News Brasil usando a ferramenta Siga Brasil, do Senado Federal.
A compra do TSE não é a melhor solução, nem a mais inteligente e econômica no mercado de tecnologia.

TSE preferiu equipamento físico ao invés de “nuvem”

Especialistas sugerem que o grande benefício de um serviço de ‘nuvem’ é poder usar datacenters do Google, da Microsoft ou da Amazon, que possuem capacidade ajustável sob demanda – o que tornaria desnecessária uma máquina física dentro do TSE, que custa R$ 26 milhões.
Outro erro: o TSE paga pelo uso. Assim, no mês de eleição, usa-se a capacidade máxima; nos demais meses, a mínima. Mas pelo edital do TSE, a opção foi pela modalidade ‘non-metered’. Assim, o TSE vai pagar por 100% da capacidade mesmo quando utilizar a capacidade mínima.

Além da lentidão na apuração, a Justiça Eleitoral também enfrentou outros problemas relacionados à tecnologia da informação durante as eleições municipais deste ano.

O aplicativo de celular e-Título ficou instável durante o dia, e esteve indisponível para pessoas que tentaram usar a ferramenta para justificar o voto, por exemplo.

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