Sexta foi dia de Black Friday: STF livrou Aécio Neves e o ministro Dias Toffoli de denúncias envolvendo propinas de quase R$ 70 milhões

A última sexta-feira, marcada pela Black Friday, representou um alívio para dois personagens públicos, que viviam o pesadelo de inquéritos envolvendo a suspeita pelo recebimento de propinas. Ninguém menos que o ministro do STF, Dias Toffoli, teve arquivado – com o seu próprio voto, imaginem – inquérito baseado em delação do ex-governador Sergio Cabral, que o acusa de receber de prefeitos do Rio de Janeiro, em 2015, R$ 3 milhões, juntamente com sua mulher, a advogada Roberta Rangel, para vender sentenças enquanto era presidente do Tribunal Superior Eleitoral. A delação chegou a ser homologada pelo ministro Edson Fachin, em abril de 2020. A denúncia foi arquivada por decisão de 7×4.

No outro julgamento encerrado na sexta-feira de Black Friday, o STF por unanimidade, arquivou denúncia contra o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e mais quatro pessoas por suposta participação num esquema de corrupção estimada em R$ 65 milhões. Trata-se, segundo a Procuradoria-Geral da República, de propina recebida das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez para atender interesses das empreiteiras nas obras das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia. O suposto esquema foi citado por Marcelo Odebrecht, em delação premiada. Os casos foram julgados no plenário virtual do Supremo, quando os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico.

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