A reunião a portas fechadas entre a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, e os 27 presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais, ocorrida na última terça-feira (16), teve como principal tema o avanço da criminalidade nas campanhas deste ano. Os magistrados trataram de casos concretos de violência e se comprometeram a dar prosseguimento ao monitoramento de ameaças à integridade do processo eleitoral.
TSE anuncia que 155,9 milhões de eleitores podem votar
Mais de 155,9 milhões de eleitores vão às urnas no dia 6 de outubro para escolher prefeitos e vice-prefeitos de 5.569 cidades brasileiras, além de 58,4 mil vereadores, segundo os dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral. O número de cidadãos aptos a votar neste ano é 0,31% menor do que o verificado na disputa presidencial de 2022, quando o TSE registrou 156,4 milhões de inscritos. Isso não significa que diminuíram os eleitores do país, mas se explica pela ausência dos 2,2 milhões de eleitores do Distrito Federal, que não elegem prefeitos e vereadores. Há 463,3 mil postulantes a cargos públicos neste ano – a marca mais baixa desde as eleições municipais de 2008, quando houve 381,3 mil.
Maiores colégios eleitorais
Os estados de São Paulo (34,4 milhões de votantes), Minas Gerais (16,4 milhões) e Rio de Janeiro (13 milhões) sustentam o título de maiores colégios eleitorais do país. Juntos, eles somam 40,98% dos brasileiros aptos a votar. As capitais – São Paulo (9,3 milhões), Rio de Janeiro (5 milhões) e Belo Horizonte (1,9 milhão) – são as cidades com mais eleitores inscritos.
Menores colégios eleitorais
Os estados com menores contingentes de eleitores ficam na Região Norte: Roraima (389,8 mil), Amapá (571,2 mil) e Acre (612,4 mil). A cidade com o menor colégio eleitoral do país é Borá (SP), com apenas 1.094 votantes. Em seguida, vêm Engenho Velho (RS) e Araguainha (MT) – com 1.192 e 1.253, respectivamente.
O perfil dos candidatos
Os dados do TSE revelam que o perfil dos candidatos não reflete com exatidão as feições do eleitorado brasileiro. A maior parte dos postulantes se enquadra como homem branco, entre 45 e 49 anos. Enquanto 66% dos candidatos são do sexo masculino, há apenas 34% de mulheres na disputa. Os brancos representam 46,83% do total, seguidos de pardos (40,3%) e pretos (11,32%). Há um pequeno contingente de indígenas (0,56%) e amarelos (0,39%).