Presidente da Federasul adverte para fuga de gaúchos para outros Estados

O presidente da Federasul (Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul), Rodrigo Souza Costa, alerta que muitas famílias já começam a abandonar o Estado, rumo a outros Estados, como Santa Catarina e Paraná, fugindo da crise que se avizinha. Ele defende soluções resolutivas para o reerguimento do Rio Grande do Sul, “que não são empréstimos com juros baixos”. Em um vídeo reproduzindo discurso feito aos associados e à comunidade gaúcha, o dirigente da Federasul sugere que “não podemos pecar pela omissão e pela inércia. Já basta a morosidade, a inércia e a pouca efetividade do Governo Federal nesta tragédia”. Souza Costa pontua que “precisamos de ações urgentes, resolutivas, e de disposição politica de parte do Governo Federal”. Para ele, “basta de omissão e a inércia. Este pais já deu dinheiro a fundo perdido para outros países. O Brasil já perdoou dívidas de outros países que tiveram crises humanitárias, e fez isso com dinheiro de impostos gerados aqui no Rio Grande do Sul”. Ele sugere que para algumas áreas, o Governo Federal precisará repassar recursos a fundo perdido para reerguer o Rio Grande do Sul.

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Cenário futuro afeta empregos e geração de impostos

Em tom realista, o presidente da Federasul faz uma advertência projetando um cenário futuro na geração de riqueza e empregos: “Neste momento nós perdemos a nossa capacidade produtiva, e com ela foi a nossa capacidade contributiva, E nós não estamos pedindo que venha dinheiro gerado por impostos do norte, nordeste ou centro-oeste de volta para o Estado do Rio Grande do Sul. Nós estamos pedindo que o dinheiro de impostos que foi gerado no nosso estado, permaneça alguns anos aqui, para a reconstrução da nossa infraestrutura, para desoneração das nossas empresas, para melhorar o ambiente de negócios, para que elas possam voltar a gerar riquezas para manter os nossos empregos, e para que se tenha equilíbrio fiscal, para que a gente readeqúe a dívida do Rio Grande do Sul ou um fundo constitucional para que se achem soluções concretas com dinheiro novo. Cada real que não for investido no resgate do estado do Rio Grande do Sul neste momento custará dezenas ou centenas de reais em perda de arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais nos próximos anos. O prejuízo está dado. A tragédia climática já ocorreu Nós teremos um prejuízo. A pergunta é se nós estamos dispostos a resgatar essa máquina produtiva que foi o estado do Rio Grande do Sul. Essa máquina de contribuição de impostos federais para todo o Brasil a tempo. Ou se nós estamos dispostos a nos abraçar com dezenas de bilhões de reais perdidos em arrecadação de impostos federais todos os anos a partir daqui. Porque nos teremos uma tragédia, a exemplo do que se viu no Haiti, um dos lugares que foram devastados e não conseguiram se reerguer”, afirmou Rodrigo Souza Costa.

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