PEC da Picanha foi protocolada: prevê rombo de R$ 175 bi, mas não tem votos para ser aprovada

Leia a coluna de Flavio Pereira no jornal O SUL.

Começa a ser assinada a PEC com gasto extrateto de R$ 198 bi por 4 anos |  VEJA

A PEC da Picanha, ou PEC do Rombo, Proposta de Emenda à Constituição defendida pela equipe de transição do presidente eleito Lula (PT) foi protocolada ontem, prevendo um estouro no teto de gastos, da ordem de R$ 175 bilhões. A proposta foi protocolada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento de 2023, mas não tem, no momento, apoio necessário para aprovação na Câmara ou no Senado. O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), já sinalizou que a atual maioria que permitiu ao presidente Jair Bolsonaro a aprovação de medidas para a área social, tem apenas o compromisso de aprovar a manutenção do Auxílio Brasil e o aumento do salário mínimo acima da inflação, o que representa no máximo, R$ 80 bilhões acima do teto de gastos.

A velha incoerência está de volta

O PT e seus aliados na imprensa declaram que a base do presidente Jair Bolsonaro, que detém maioria na Câmara, e que será ainda maior no Congresso na próxima legislatura, deveria ter sensibilidade com a PEC que mira benefícios para a área social. No entanto, a mesma turma silenciou quando a bancada inteira do PT no Senado, votou contra a proposta de redução do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, que reduziu a inflação, beneficiando os mais pobres.

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