MP manda investigar prefeito Luis Vedovatto de Imbé, por improbidade,corrupção e lavagem de dinheiro.

O Ministerio Publico determinou a instauração de inquérito para apurar a conduta do prefeito de Imbé, Luis Henrique Vedovatto (MDB), a partir de denuncia apresentada ainda durante o processo eleitoral através de notícia crime. De acordo com o Ministério Publico,o inquérito destina-se a apurar “denuncia contra o senhor Luis Henrique Vedovatto, prefeito de Imbé, de uso de cargo publico e função publica para interesses pessoais e de sócios, ocultação de patrimônio, recebimento de recursos ilicitos mesmo durante a campanha eleitoral, prevaricação e improbidade administrativa. Falsidade ideologica, para fins eleitorais, corrupção passiva, extorsão e lavagem de dinheiro.”

Notícia crime e Operação Afinidade

Embora tenha sido motivada por noticia-crime encaminhada por um eleitor no período eleitoral, os fatos narrados na portaria de instauraçao do inquérito assinado pela promotora Maria Oni Santos da Silva, da comarca de Tramandaí guardam relação com denuncias que originaram a Operação Afinidade, às vésperas das eleições em 2020 no municipio.
Na ocasião, o Ministério Público do Estado (MP-RS), por meio da Procuradoria de Prefeitos, juntamente com a Brigada Militar (BM) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagraram a Operação Afinidade. Ao todo, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão nas cidades de Imbé, Osório, Tramandaí e Araranguá (SC). As buscas foram realizadas na sede do Executivo Municipal de Imbé, nas residências dos investigados e em três empresas da região.
Entre os investigados na Operação Afinidade, em novemb ro de 2020, estava o prefeito de Imbé e então presidente da Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte), Pierre Emerim. Na ocasião, o MP-RS cumpriu um mandado de afastamento contra Pierre pelo prazo de 30 dias. Além do prefeito de Imbé, foram afastados cinco servidores públicos, incluindo o procurador-geral do município, Rodrigo Daniel Pereda. Também foram afastados o diretor de Licitações, o secretário adjunto de Obras, o assessor jurídico da prefeitura eservidores públicos das Secretarias de Planejamento Urbano e de Habitação e Regulação Fundiária.

A operação recebeu o nome de “Afinidade”, devido aos laços de parentesco e amizade entre o prefeito e empresários favorecidos com contratações de prestação de serviços de locação de máquinas e caminhões, serviços de varrição, recolhimento de resíduos, obras de engenharia, calçamentos, entre outras.

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