Gilmar Mendes manda CNJ investigar Juiz Marcelo Bretas, que já prendeu duas vezes seu compadre Jacob Barata

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, pediu que o Conselho Nacional de Justiça apure “eventual responsabilidade funcional” do juiz federal Marcelo Bretas — que cuida da Lava-Jato no Rio — pela recusa em cumprir uma decisão da Corte relativa ao secretário de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy.

Gilmar Mendes tem atacado decisões do juiz Bretas, desde que ele mandou prender, pelo menos duas vezes, seu compadre, o empresário Jacob Barata Filho, envolvido em pagamento de propinas a políticos e autoridades. Em todos os casos, Gilmar não se deu por impedido, e mandou soltar o compadre.

No despacho da última quinta-feira, o ministro do STF afirma que “diante da recusa” de Bretas em cumprir a decisão dele que mandava para a Justiça Eleitoral de Goiás a investigação da Lava-Jato contra o secretário de Doria, que chegou a ser preso por ordem de Bretas.
Soltura do compadre
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes em processos da Lava-Jato presididos por Bretas, mandou soltar pelo menos duas vezes o seu compadre, o empresário Jacob Barata Filho. Gilmar foi padrinho do casamento da filha de Barata.
A decisão beneficiou também o expresidente da Fetranspor Lélis Teixeira, assim como Barata Filho réu na Operação Ponto Final, que investiga o pagamento de propina por parte de empresários de ônibus a políticos.

SUSPEIÇÃO DE GILMAR

Barata Filho,o compadre de Gilmar Mendes, foi preso por Bretas no dia 2 de julho de 2017, quando tentava embarcar no Aeroporto Tom Jobim para Portugal, por dois motivos. Já havia uma ordem de prisão contra ele, expedida pelo juiz Bretas, por causa das investigações. Mas, como na ocasião da prisão ele carregava € 10.050, US$ 2.750, e 100 francos suíços, valores acima do limite e que precisariam ter sido declarados, também foi detido em flagrante por evasão de divisas.

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