Fundo de cripto desbanca ETF de Ibovespa

A informação é do InfoMoneY:
Com apenas nove meses de existência, o ETF (exchange traded fund) de criptomoedas HASH11 já conseguiu desbancar alguns dos fundos de índices mais tradicionais da B3, administrados por gigantes do mercado.

Com quase 130 mil cotistas, o novato superou o ETF BOVA11 – que tem 14 anos de história e replica a carteira teórica do Ibovespa – e passou a ocupar o segundo lugar entre os queridinhos dos investidores.

Os dados são do último boletim de ETFs da B3, que apresenta os fundos de índice com o maior número de cotistas em dezembro de 2021.

Os três ETFs com maior número de investidores na Bolsa são: o IVVB11 (iShares S&P 500 Fundo de Investimento – Investimento No Exterior), que tem 176.774 cotistas; na segunda posição está o HASH11 (Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice), com 129.758 cotistas, seguido do BOVA11 (iShares Ibovespa Fundo de Índice) com 125.901 cotistas.

Lançado em 26 de abril de 2021 pela gestora Hashdex, o HASH11 foi o primeiro ETF de criptomoedas a ser negociado na Bolsa brasileira, atendendo à procura dos investidores por criptoativos. Tamanha foi a demanda que o fluxo de novos investidores por mês após sua estreia superava os 20 mil.
Antes do HASH11 chegar ao mercado, o BOVA11 e o IVVB11 se revezavam na posição de favorito dos investidores. Segundo levantamento da B3 e Economatica para o InfoMoney, em 2019 o BOVA11 era o ETF com maior número de cotistas. Em 2020, quem liderava era o IVVB11.

Entre os motivos que fizeram um novato cair no gosto dos investidores e superar o tradicional BOVA11, Fernanda Guardian, analista de criptomoedas da Levante Investimentos, cita o ciclo de alta do mercado de criptoativos que ocorre a cada quatro anos. “Tivemos ciclos de alta dos criptoativos em 2013, 2017 e o mais recente foi em 2021”, explica.

Não foram apenas os ETFs de criptomoedas que ganharam um espaço no gosto dos investidores. Um levantamento feito pela Economatica e a B3 revela que a procura dos investidores por ETFs nos últimos três anos foi influenciada por fatores macroeconômicos, volatilidade e o desenvolvimento da indústria de fundos de índice no Brasil.

Em 2020, existiam 28 ETFs na Bolsa. Entre os dez com maior número de cotistas, seis eram ativos de renda variável local, replicando o Ibovespa, o índice Small Cap, o índice de dividendos (Idiv) e o IBrX50, que reúne os 50 ativos mais negociados da Bolsa brasileira. No mesmo ano, três ETFs eram da categoria renda variável internacional, acompanhando o índice S&P 500 e o MSCI China.

Já em 2021, com 65 ETFs na Bolsa, ocorreram alguns movimentos como a internacionalização dos investidores, fruto da instabilidade local e da forte volatilidade. Eles encontraram nos ETFs com exposição a índices norte-americanos uma alternativa de alocação.

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