Exchanges cripto do Brasil contêm danos após caso FTX e prometem divulgar reservas

Corretora FTX diz que sofreu ataque hacker após perda de R$ 3,19 bilhões |  Exame
Iniciativa puxada pela Binance mostra dados públicos de depósitos de clientes; Mercado Bitcoin considera medida insuficiente e não irá aderir

Exchanges especializadas na corretagem de criptomoedas estão agilizando medidas de transparência, como a contabilização pública de reservas, em meio a uma forte crise de confiança que abala os investidores após o colapso da FTX. De uma das maiores do ramo, a empresa foi à falência em uma semana após ficar ilíquida e bloquear saques de clientes. Estima-se que um milhão de pessoas tenham dinheiro preso na corretora.

A Bitso, fundada no México e com operações no Brasil, garante que todos os recursos de clientes estão sob a custódia da corretora e protegidos de qualquer risco de liquidez ou crédito, mesmo que ocorra um contágio contínuo no mercado.

“Nós fomos a primeira empresa regulamentada de ponta a ponta da América Latina, onde temos diferentes licenças em cada uma das jurisdições onde atendemos aos clientes. E como parte disso, temos o escrutínio constante de diferentes reguladores e entes em todo o mundo por meio de auditorias regulares”, conta a exchange em nota.

A empresa promete divulgar em breve uma auditoria de solvência que inclui ativos e passivos.

“Até agora, vimos uma maior tendência das empresas em compartilhar parte de seus ativos, mas não divulgar seus passivos. E não achamos que isso esteja fornecendo o nível adequado de transparência necessária no momento”, explica a exchange.

A tendência à qual a Bitso se refere foi iniciada na semana passa pela rival Binance, a favor da divulgação da Prova de Reserva (Proof of Funds, em inglês), uma espécie de diagrama contendo todas as carteiras da exchange, com os devidos saldos em todas as criptomoedas depositadas por usuários. Até aqui, dados preliminares dão conta de mais de US$ 74 bilhões nas contas da Binance.

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