Ex-governador Germano Rigotto recomenda que MDB gaúcho tome decisão “sem passionalismo” sobre candidatura própria.

Leia a coluna de Flavio Pereira no jornal O SUL.

O ex-governador Germano Rigotto disse ontem que “o MDB gaúcho precisará decidir domingo, sem passionalismo, o que o partido deseja para o futuro”, referido-se à decisão sobre candidatura própria ao governo do Estado. Em telefonema ao colunista, Rigotto conversou sobre o tema e autorizou a publicação de suas impressões. Ele vai direto ao ponto ao afirmar que “a decisão será nossa: se queremos a candidatura própria, ou se faremos uma aliança que viabilize a continuidade das mudanças realizadas no estado nos dois últimos governos. Entendo que seria um erro interrompermos esse processo agora”. O ex-governador, que coordena o plano de governo da pré-candidata à presidência da República Simone Tebet, ao lado do senador Tasso Jereissati (PSDB), pré-candidato a vice, lembra que “o próprio PSDB, que sempre teve protagonismo na eleição presidencial, abriu mão de uma candidatura própria, para ficar conosco, por acreditar na possibilidade de criarmos uma terceira via”. Explica que “da mesma forma que eu entendo que precisamos quebrar a polarização nacional, mesmo sabendo que isso é difícil mas não impossível, também defendo que o centro não se divida no Rio Grande do Sul”.

“As circunstâncias são outras”, diz Rigotto, sobre a sua eleição e a de Sartori

Rigotto avalia que “hoje, faltando alguns dias para o domingo, eu diria que a candidatura própria seria vencedora dentro do partido. A campanha do deputado Gabriel Souza mobilizou as bases e se consolidou. As bases sempre lembram que o MDB elegeu 4 dos 10 governadores desde o processo de redemocratização e recordam que eu e Sartori largamos atrás e vencemos as eleições. Mas o que eu tenho a dizer é que hoje as circunstâncias são diferentes. Precisamos analisar a realidade: iremos em uma campanha solo? quem serão nossos aliados? Qual será nosso tempo de propaganda no rádio e na televisão? Hoje, temos a possibilidade de prosseguir o projeto de modernização do estado, numa aliança com o PSDB e o Cidadania, que terá também o União Brasil e o PSD. Precisamos decidir com os pés no chão. Acredito que esta não pode ser uma decisão emocional ou passional”.

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