A juiza Gladis de Fátima Canelles Piccini, da 158ª Zona quer apurar tudo sobre a compra do “kit bebe” distribuido a eleitores da capital gaúcha por Tainá Vidal, esposa de Marchezan ao lado de uma servidora.
Em decisão de sábado (31/10) a juiza manifesta que “não se tem conhecimento se houve regular processo administrativo para criação do benefício chamado “kit bebê”, desconhecendo-se forma de distribuição e quem são os doadores na iniciativa privada, e data de criação. Chama a atenção que alguns “kits” inclusive estejam sendo entregues nas residências dos beneficiados, o que não se coaduna com a logística dos programas sociais, onde as pessoas comparecem a um local designado para recebimento do benefício, inclusive porque há necessidade de identificação.” A ação foi proposta pelos advogados André Barbosa e José Luis Blaszak.

Juíza Gladis Piccini: “Dano evidente à lisura do processo eleitoral”

A magistrada aponta que “esses fatos indicam a probabilidade do direito, consistente em realização de conduta vedada em período pré-eleitoral. De outro lado, o perigo de dano é evidente, para a lisura do processo eleitoral e, indiretamente, aos demais candidatos.”
A juiza determinou ainda a “suspensão da entrega dos “kits” considerando que o Prefeito licenciado, claramente, está sendo apresentado como “pai do projeto” e dele auferindo vantagem.”
No despacho, ela negou pedido de busca e apreensão em residências e locais de trabalho para recolher de materiais de prova, mas sinalizou que será oficiado o Facebook e Instagram para que “identifique o conteúdo das postagens nos links dos investigados os links de Facebook para identificação de Lia Fernandes Bernau e Tainá Vidal em cada uma das redes.”