Atuante na área da Cirurgia Plástica no Brasil e no exterior,e com grande contribuição na área da Infectologia, formado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com cursos e especializações em Berlim, Munique, e Dusseldorf, na Alemanha, e em Lausanne, na Suíça, e Viena na Áustria, o médico gaúcho Nelson Heller, um dos mais próximos colaboradores do saudoso e renomado Cirurgião Plástico brasileiro Ivo Pitanguy traz este valioso comentário:
Muito mencionada nos dias atuais, a gripe espanhola de 1918 a 1920 promoveu entre 50 a 100 milhões de mortes no mundo. Isto correspondia a época a um terço da população mundial!!
Na época muitos cadáveres ficavam na porta das casas ou mesmo dentro delas e as pessoas com maiores posses que tinham suas fazendas, nelas se acomodaram.
Atribui-se a um navio que no ano de 1918 atracou nos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro a entrada da pandemia no Brasil, através de pessoas contaminadas e espraiou a febre espanhola no País.
Só para que tenhamos uma uma ideia da dimensão na época: Rodrigues Alves adoeceu e morreu em janeiro de 1919 sem conseguir tomar posse no seu segundo mandato como presidente da República, tornando-se ilustre vítima da chamada peste negra. As pessoas abandonavam suas casas muitas vezes com seus familiares mortos dentro dela ou as vezes mortos em frente à suas portas!
Urubus eram implacáveis e se deliciavam com a carne humana. Não havia antibióticos na época pois a penicilina inventada por Alexander Fleming só viria a ser utilizada após o ano de 1928. Havia farmacêuticos e farmácias especializadas que divulgavam elixires que curariam a peste negra e quando isso acontecia, havia tumulto em frente as mesmas com os pacientes aflitos em adquiri-los.
Não se sabe com exatidão quantas mortes a Covid19 causou até agora, mas também não há ideia de até quando a pandemia irá durar. Somente ao término desta se poderá fazer uma comparação histórica e científica entre a Covid19 X Peste negra (Gripe espanhola).
Diante disso, o que se solicita agora, pode ser resumido em três palavras: #fique em casa!
NELSON HELLER