Doação contabilizada fora do prazo pode cassar diplomação de Lula e Alckmin

 

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tem pela frente uma excelente oportunidade para demonstrar a toda a sociedade brasileira que lá a lei vale para todos. A Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias, uma área técnica do Tribunal Superior, identificou “irregularidade grave” na doação de R$ 600 mil feita a Lula pelo empresário José Seripieri Filho, fundador da rede Qualicorp e dono da Qsaúde. Quem é Seripieri? É o mesmo que emprestou – ou deu carona, segundo Geraldo Alckmin – em seu jatinho para Lula viajar à COP27, no Egito.

Há uma resolução do TSE, bastante clara: os partidos políticos e os candidatos são obrigados, durante as campanhas eleitorais, a informar — em um prazo de até 72 horas corridas — à Justiça Eleitoral sobre os recursos financeiros recebidos. O prazo começa a contar a partir do momento em que o dinheiro é depositado nas contas do partido. De acordo com o próprio TSE, Lula não cumpriu o prazo, depois de receber os R$ 660 mil de Seripieri. A doação do empresário foi feita em 27 de setembro, mas o TSE só recebeu o relatório financeiro sobre o recurso no dia 3 de outubro, seis dias depois — e um dia após a realização do primeiro turno, em 2 de outubro. Se o caso tiver enquadramento como abuso do poder econômico, poderá levar, pela jurisprudênciua o TSE, à cassação do diploma de Lula e do vice Geraldo Alckmin.

 

Leave a Reply