O deputado federal Mauricio Marcon (Podemos) admitiu que “desta vez” concorda com o presidente Lula: quando ele afirmou em entrevista, que “as urnas, na Venezuela, quando você vota em uma máquina eletrônica como aqui, tem um ticket”. O deputado gaúcho disse na tribuna da Câmara, que “todos nós precisamos concordar com o Lula, quando ele falou nessa entrevista como é o processo eleitoral na Venezuela, e fez uma defesa clara do voto impresso que existe no país vizinho, hoje governado por um ditador”.
Segundo Marcon, “o ticket a que Lula se refere nada mais é do que o voto impresso, aquele que vai na urna, com o qual, depois, é possível checar se os dados batem, ver se a urna teve algum problema na transmissão dos dados, como são enviados ao TSE, aqui no Brasil. Lá na Venezuela, em uma ditadura, existe tal segurança para que a eleição não tenha nenhum indício de fraude.” Marcon lembra que “quando nós lutamos nesta Casa para defender maior confiabilidade para o processo democrático brasileiro era justamente isso que nós estávamos defendendo, algo que tire qualquer tipo de dúvida sobre uma eleição. Marcon finalizou:
“Quem defende o voto impresso, é que defende verdadeiramente a democracia. Este Congresso Nacional já aprovou, em duas oportunidades, o voto impresso e auditável, mas, infelizmente, de forma monocrática, um Ministro do Supremo derrubou essa decisão que o Congresso, eleito pelo voto popular, havia tomado”.