CCJ adia votação de relatório,e surgem rumores de “acordão” para salvar mandato de deputado que usou recursos publicos para reparos na casa da sogra.

“Acordão” entre deputados para salvar mandato do deputado que usou recursos públicos no conserto da casa da sogra?
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia Legislativa gaúcha, presidida pelo deputado Tiago Simon (na foto) encerrou a reunião desta terça-feira, antes que o deputado Elton Weber (PSB) fizesse a leitura do seu parecer,no processo que propõe a cassação do deputado Ruy Irigaray.
O encerramento da reunião, uma hora após o seu inicio, fêz aumentarem os rumores de um “acordão” entre os deputados, para adiar indefinidamente a votação do relatório,e salvar o mandato de Ruy Irigaray.
O deputado Elton Weber garantiu ontem que desconhece e não participa de qualquer “acordão”,e que pedirá inversão da pauta da próxima reunião da CCJ, para que enquanto não for realizada a apresentação do seu relatório,a pauta da comissão fique trancada.
A aprovação do relatório na CCJ é vnecessária,para que o processo de cassação possa ir à votação em plenário.

Recordando o caso

Em fevereiro de 2021, a assessora Cristina Nerbas relatou à RBS TV o suposto esquema. Registros em fotos, vídeos e mensagens de celular mostram que uma das assessoras trabalhou como babá e até empregada doméstica da família do parlamentar, enquanto deveria estar a serviço do gabinete.

Uma residência no bairro Ipanema, na Zona Sul da Capital, teria sido utilizada, desde abril do ano passado, como uma espécie de escritório do deputado. Em vez de trabalhar de suas casas, como orientou o parlamento, os servidores comissionados foram remanejados para o imóvel, orçado em R$ 2 milhões.

Conforme o relato da assessora, a casa chegou a abrigar 15 servidores de Ruy Irigaray. Os servidores se dividiam entre realizar as tarefas do gabinete e executar uma série de serviços no imóvel, como obras. Os salários dos servidores pagos com dinheiro público oscilam de R$ 2,7 mil até R$ 9 mil.

Tudo foi filmado e fotografado pela ex-assessora com um celular. A autenticidade dos registros do aparelho, que revelam datas e horário das filmagens, bem como o mapa onde foram realizadas, foi atestada à reportagem pelo especialista em tecnologia Ronaldo Prass.

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