A conclusão do inquérito pela Policia Civil indiciando o dono da pousada Garoa, o presidente e uma servidora da FASC (Fundação de Assistência Social e Cidadania) pelo incêndio que teve 11 vítimas fatais em 26 de abril, mereceu reparos do advogado Fabio Luis Correa dos Santos. Fabio Luis Correa dos Santos questiona a imparcialidade da investigação, “que preferiu centrar-se no contrato entre a Prefeitura e a Pousada Garoa, em vez de considerar os elementos que indicam a prática de ato criminoso. Ele defende a reabertura do caso para garantir uma apuração independente e criteriosa, visando assegurar a verdade e a justiça para as vítimas e seus familiares.”
Segundo ele, “os fatos principais registrados no inquérito, que apontam fortes indícios de incêndio criminoso, foram injustificadamente suprimidos das conclusões finais.”
Entre as evidências ignoradas, aponta Fabio Santos, “estão os relatos de testemunhas como o porteiro da pousada Garoa, Bruno de Moraes, que descreveu a presença de um homem ensanguentado e vestido com uma camisa amarela, que teria ingressado na pousada às 22h, no dia do incêndio, suspeito de ter ameaçado incendiar o local. Frentistas de um posto próximo também corroboraram a informação, mencionando que o homem expressou intenção de “acertar as contas” com um morador da pousada, e ter mencionado que iria colocar fogo na pousada. Adicionalmente, um vídeo obtido no posto de gasolina, “mostra o suspeito em interação com o frentista.”
O advogado aponta ainda que “outro ponto negligenciado foi o depoimento de um morador conhecido como “Russo”, que relatou ter presenciado o início do incêndio em um colchão no quarto 32. Ele afirmou que o fogo apresentava características incompatíveis com o estado úmido do colchão, sugerindo o uso de combustível para provocar as chamas.”