Depois de perceber que nenhum ministro sério do STF, nem seus habituais cúmplices de estrepolias juridicas companharam seu voto esdrúxulo de criar obstáculos para a apuração pelo Banco Central através do antigo Coaf, de movimentações suspeitas de dinheiro, voto comemorado pelas principais organizações criminosas, o presidente do STF, o ex-advogado do Partido dos Trabalhadores Dias Toffoli decidiu mudar seu voto, para permitir que a Receita envie ao Ministério Público extratos bancários e declarações do imposto de renda sem prévia autorização judicial. Ficaram isolados no placar de 9 a 2, os dois ministros de idade avançada,e que devem deixar o STF nos próximos dois anos: Celso e Melo e Marco Aurélio Mello,primo do senador Fernando Collor de Mello.
A mudança foi feita no final da sessão de ontem quando o ministro havia ficado isolado no julgamento — ele exigia o aval da Justiça para o encaminhamento dos documentos.
Para evitar a derrota, ele resolveu aderir à maioria de 8 votos favoráveis ao repasse irrestrito de dados bancários e fiscais ao MP, inaugurada com o voto de Alexandre de Moraes.
O presidente do STF agiu de forma premeditada: com a mudança, Toffoli poderá continuar como redator do acórdão, que resume as teses a serem fixadas na semana que vem por deliberação dos ministros.