A Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão (RELE) da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) seu inicio ontem,a uma visita inédita ao Brasil. A RELE-CIDH se dispôs a “ouvir amplamente autoridades dos três poderes do Brasil e o Ministério Público, membros de organizações de direitos humanos, jornalistas, representantes de plataformas digitais, a imprensa e a academia” a fim de “compreender a diversidade de perspectivas e experiências em relação à situação do direito à liberdade de expressão” no Brasil. A relatoria da CIDH deve passar por Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. A visita coincide com revelações feitas pelo governo de Donald Trump sobre o suposto uso inadequado de recursos da USAID para influenciar autoridades e órgãos de imprensa durante o processo eleitoral no Brasil. Já está confirmada às 18h30, uma reunião com advogados e profissionais da área de comunicação convidados individualmente, para esta terça-feira dia 11, na sede da Organização em Brasília, para receber informações “sobre questões relacionadas à liberdade de expressão no Brasil”.
Deltan Dallagnol diz que vinda do relator da OEA ao Brasil causa “terremoto” em Brasília
O ex-deputado federal cassado (mais votado pelo Paraná com 345 mil votos) Deltan Dallagnol comenta que, após as denúncias de uso dos recursos da organização norte-americana USAID para financiar atividades destinadas a influenciar o processo eleitoral em paises da América Latina, e o anúncio da vinda ao Brasil do relator especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Pedro Vaca Villarreal, está acontecendo um “terremoto” em Brasília. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, recuou em decisões que censuravam redes sociais de jornalistas e políticos conservadores e de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Deltan Dallagnol, fez o comentário ao analisar a liberação pelo ministro do STF, das redes sociais do influenciador Bruno Aiub, o “Monark”, determinada na sexta (7), da plataforma Rumble, do empresário Luciano Hang, o “Veio da Havan”, proibido de se manifestando na internet há cinco anos, período no qual não foi alvo de qualquer denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), do jornalista Guilherme Fiuza, Flávia Magalhães Soares e Bernardo Kuster e os perfis de Leonardo Rodrigues de Jesus, o “Leo Índio”, primo dos filhos do ex-presidente Bolsonaro.