Deltan Dallagnol diz que Lula “não gosta de quem combate corrupção”

Leia a coluna de Flavio Pereira no jornal O SUL.

Em decisão política, que contrariou parecer da área técnica, e diminiu a sua credibilidade, o Tribunal de Contas da União condenou o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, o ex-procurador Deltan Dallagnol e o procurador João Vicente Romão a devolverem R$ 2,8 milhões aos cofres públicos em diárias utilizadas durante a Operação Lava Jato de combate à grossa corrupção no país.

No entanto, os quatro ministros do TCU que participam da Câmara conhecem o tema diárias. No último ano,eles gastaram cerca de R$ 1 milhão em passagens e diárias em viagens ao exterior. O ex-presidiário Lula, comemorou a decisão, e chamou o ex-procurador Deltan Dallagnol de “fedelho”. Recebeu a réplica de Deltan:

“Já fui chamado de moleque desaforado, messiânico e sentado sobre a Bíblia. Agora de “fedelho”. As críticas são do nível do pré-candidato Lula, que não gosta de quem combate a corrupção e nunca devolveu o dinheiro que foi desviado segundo 3 instâncias que o condenaram”.

Transparência Internacional preocupada com decisão do TCU

A Transparência Internacional no Brasil avaliou ontem que a decisão da 2ª Câmara do TCU que condenou ex-membros da Lava Jato e PGR, opondo-se a pareceres técnicos e legais de auditores do TCU, MP-Contas e decisões de 1ª e 2ª instâncias da Justiça, traz insegurança geral aos agentes públicos que atuam no enfrentamento à macrocorrupção.

O chamado “chilling effect” é o efeito dissuasório sobre agentes da lei, que passam a temer confrontar interesses poderosos. Sanções a tais agentes, quando colidem com reiterados pareceres técnicos, fragilizam não apenas a luta contra a corrupção, mas o próprio estado de direito.

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